A LOUCA
Quando ela passa: - a veste desgrenhada, O cabelo revolto em desalinho, No seu olhar feroz eu adivinho O mistério da dor que a traz penada.
Moça, tão moça e já desventurada; Da desdita ferida pelo espinho, Vai morta em vida assim pelo caminho, No sudário da mágoa sepultada.
Eu sei a sua história. - Em seu passado Houve um drama d’amor misterioso - O segredo d’um peito torturado -
E hoje, para guardar a mágoa oculta, Canta, soluça - o coração saudoso, Chora, gargalha, a desgraçada estulta.
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2 comentários:
Em termos artisticos: já foi tarde.
uma artísta completa. uma pena essa perda em tempos de tanta pobreza musical.
linda poesia amiga, Augusto dos Anjos é o teu favorito né?!
saudades
Aline
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