31 de dez. de 2009
ponto de chegada ou ponto de partida
23 de dez. de 2009
Complexo de Cinderela???
Até aí tudo bem, se o príncipe não fosse o do clássico conto dos irmãos Grimm, Cinderela.
Dentro de um teatro londrino cheio de papais, mamães e filhinhos, Amy partiu para a conquista do tal príncipe, sem poupar a Cinderela de uns bons escrachos.
Pobre Cinderela, Pobre Monarquia.
19 de dez. de 2009
15 de dez. de 2009
7 de dez. de 2009
No te Salves
al borde del camino
no congeles el júbilo
no quieras con desgana
no te salves ahora
ni nunca
no te salves
no te llenes de calma
no reserves del mundo
sólo un rincón tranquilo
no dejes caer los párpados
pesados como juicios
no te quedes sin labios
no te duermas sin sueño
no te pienses sin sangre
no te juzgues sin tiempo
pero si
pese a todo
no puedes evitarlo
y congelas el júbilo
y quieres con desgana
y te salvas ahora
y te llenas de calma
y reservas del mundo
sólo un rincón tranquilo
y dejas caer los párpados
pesados como juicios
y te secas sin labios
y te duermes sin sueño
y te piensas sin sangre
y te juzgas sin tiempo
y te quedas inmóvil
al borde del camino
y te salvas
entonces
no te quedes conmigo.
mario benedetti
1 de dez. de 2009
Pobre Robin Williams
Não me causou nenhuma perplexidade a sua "brincadeirinha"
sobre o Brasil naquele programinha da TV americana.
Não mais do que quando você serviu de
GAROTO PROPAGANDA DO BUSH na INVASÃO AO IRAQUE.
Tudo bem que você é viciado em álcool e cocaína
e já foi internado, por vezes,
em clínicas para tratamento
de dependes químicos.
Esse não é o problema.
O problema é que você preferiu a piada em detrimento dos fãs brasileiros.
Que pena Mr. William!!!
18 de nov. de 2009
Tim Burton no MoMa
Se não conseguir o visto a tempo, vai no site do MOMA ou visita a página do TIM BURTON na net, que lógico, é genial.
17 de nov. de 2009
Barbie Winehouse
8 de nov. de 2009
miedo
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Lenine
30 de out. de 2009
COMO OS "NOSSOS" PAIS???
Inseguros, confusos, querem tudo ao mesmo tempo agora, mas não conseguem pagar suas próprias contas, não leem, não sabem de nada do que acontece no mundo e nem mesmo debaixo de seus próprios narizes.
Mas se orgulham de sair na noite e de beijar muitas bocas, não precisam usar camisinha porque AIDS é "coisa de viado", adorariam provar as "mulheres frutas", obviamente longe dos olhares das suas namoradas.
Pois eles se indignam com o vulgar quando estão acompanhados de seus pares.
"como uma "vagabunda" ousa dividir comigo o meu espaço intelectual? não, aqui não, aqui não pode."
Eu poderia repetir o que canta o poeta "eu não queria a juventude assim perdida..."
Não, isso não me causa pena, me causa medo, desespero, pavor.
Hoje eles jogam ovos de cima dos seus duplex, espancam travestis e queimam índios e mendigos.
28 de out. de 2009
A história de Lily Braun
O homem de meus sonhos
Me apareceu no dancing
Era mais um
Só que num relance
Os seus olhos me chuparam
Feito um zoom
Com aqueles olhos
De comer fotografia
Eu disse cheese
E de close em close
Fui perdendo a pose
E até sorri, feliz
Me ofereceu um drinque
Me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então
Ficando flou
Me mandava às vezes
Uma rosa e um poema
Foco de luz
Eu, feito uma gema
Me desmilinguindo toda
Ao som do blues
Disse que meu corpo
Era só dele aquela noite
Eu disse please
Xale no decote
Disparei com as faces
Rubras e febris
No derradeiro show
Com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus
Já vou com os meus
Numa turnê
Disse ele que agora
Só me amava como esposa
Não como star
Me amassou as rosas
Me queimou as fotos
Me beijou no altar
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz.
Chico buarque
14 de out. de 2009
26 de set. de 2009
sacou?
José Saramago
18 de set. de 2009
nO hAy BaNdA
muda
o silêncio é ensurdecedor
penso o que em mim calou
peso tudo
somo
multiplico
divido
subtraio
a conta não dá certo
a equação está errada
calculo de novo
exato
errado
algo mudou
o ciclo se completa
e logo
o silêncio dará lugar
a novos sons
então
esqueço a aritmética
e lembro do som da minha voz
11 de set. de 2009
SyMpAtHy FoR tHe DeViL
I'm a man of wealth and taste
I've been around for a long, long year
Stole many a man's soul and faith
And I was 'round when Jesus Christ
Had his moment of doubt and pain
Made damn sure that Pilate
Washed his hands and sealed his fate
Pleased to meet you
Hope you guess my name
But what's puzzling you
Is the nature of my game
I stuck around St. Petersberg
When I saw it was a time for a change
Killed the Czar and his ministers
Anastasia screamed in vain
I rode a tank
Held a general's rank
When the Blitzkrieg raged
And the bodies stank
Pleased to meet you
Hope you guess my name,oh yeah
But what's puzzling you
Is the nature of my game,oh yeah
I watched with glee
While your kings and queens
Fought for ten decades
For the Gods they made
I shouted out
"Who killed the Kennedys?"
When after all
It was you and me
Let me please duce myself
I'm a man of wealth and taste
And I laid traps for troubadors
Who get killed before they reached Bombay
Pleased to meet you
Hope you guess my name,oh yeah
But what's puzzling you
Is the nature of my game,oh yeah, get down, baby
Pleased to meet you
Hope you guessed my name, oh yeah
But what's confusing you
Is just the nature of my game
Just as every cop is a criminal
And all the sinners Saints
As heads is tails
Just call me Lucifer
'Cause I'm in need of some restraint
So if you meet me
Have some courtesy
Have some sympathy, and some taste
Use all your well-learned politesse
Or I'll lay your soul to waste, um yeah
Pleased to meet you
Hope you guess my name,um yeah
But what's puzzling you
Is the nature of my game,um baby, get dow...
Rolling Stones
31 de ago. de 2009
28 de ago. de 2009
Pra festejar a vida e o tempo
eu acho que a vida anda passando a mão em mim
eu acho que a vida anda passando a mão
eu acho que a vida anda passando
eu acho que a vida anda
a vida anda em mim
a vida anda
eu acho que há vida em mim
há vida em mim
acho que a vida anda passando
a vida anda passando a mão em mim
e por falar em sexo
quem anda me comendo é o tempo
se bem que já faz tempo, mas eu escondia
porque ele me pegava a força
e por trás
até que um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo, se você tem que me comer
que seja com meu consentimento, e me olhando nos olhos…
eu acho que eu ganhei o tempo
de lá pra cá ele tem sido bom comigo
dizem
que ando até remoçando.
viviane mosé – vida/tempo
22 de ago. de 2009
De novo um novo amor - para Sophie Calle
ah Sophie
foste
E
Sophie
a tua
transformastes
e
assisti ao
e
pela
de
6 de ago. de 2009
O evangelho segundo Dostoiévski
trecho do conto "O sonho de um homem ridículo" de Dostoiévski
17 de jul. de 2009
Mais
põe a tua mão no meu peito
e vê só o jeito que vc deixou meu coração
sentiu?
pois é, isso é amor
ainda não é todo
ainda não é tudo
ainda não é muito
quero mais tempo de vida
quero mais tempo contigo
pra poder te amar muito mais
é verdade
eu quero
três anos não bastam
três anos é pouco
quero te amar o dobro
ainda tem muito mais
então meu amor
não esqueça
te quero muito mais
que pareça
te quero mais que todos.
11 de jul. de 2009
Lúcio Flávio Pinto e a VERDADE dos fatos
Ao caro leitor
Li com estupefação, perplexidade e indignação a sentença que ontem [6/7] me impôs o juiz Raimundo das Chagas, titular da 4ª Vara Cível de Belém do Pará. Ao fim da leitura da peça, perguntei-me se o magistrado tem realmente consciência do significado do poder que a sociedade lhe delegou para fazer justiça, arbitrando os conflitos, apurando a verdade e decidindo com base na lei, nas evidências e provas contidas nos autos judiciais, assim como no que é público e notório na vida social. Ou, abusando das prerrogativas que lhe foram conferidas para o exercício da tutela judicial, utiliza esse poder em benefício de uma das partes e em detrimento dos direitos da outra parte.
O juiz deliberou sobre uma ação cível de indenização por dano moral que contra mim foi proposta, em 2005, pelos irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, donos da maior corporação de comunicação do norte do país, o Grupo Liberal, afiliado à Rede Globo de Televisão. O pretexto da ação foi um artigo que escrevi para um livro publicado na Itália e que reproduzi no meu Jornal Pessoal, em setembro daquele ano.
O magistrado acolheu integralmente a inicial dos autores. Disse que, no artigo, ofendi a memória do fundador do grupo de comunicação, Romulo Maiorana, já falecido, ao dizer que ele atuou como contrabandista em Belém na década de 50. Condenou-me a pagar aos dois irmãos indenização no valor de 30 mil reais, acrescida de juros e correção monetária, além de me impor o pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, arbitrados pelo máximo permitido na lei, de 20% sobre o valor da causa.
O juiz também me proibiu de utilizar em meu jornal "qualquer expressão agressiva, injuriosa, difamatória e caluniosa contra a memória do extinto pai dos requerentes e contra a pessoa destes". Também terei que publicar a carta que os irmãos Maiorana me enviarem, no exercício do direito de resposta. Se não cumprir a determinação, pagarei multa de R$ 30 mil e incorrerei em crime de desobediência.
As penas aplicadas e as considerações feitas pelo juiz para justificá-las me atribuem delitos que não têm qualquer correspondência com os fatos, como demonstrarei.
O juiz alega na sua sentença que escrevi o artigo movido por um "sentimento de revanche" contra os irmãos Maiorana. Isto porque, "meses antes de tamanha inspiração", me envolvi "em grave desentendimento" com eles.
O "grave desentendimento" foi a agressão que sofri, praticada por um dos irmãos, Ronaldo Maiorana. A agressão foi cometida por trás, dentro de um restaurante, onde eu almoçava com amigos, sem a menor possibilidade de defesa da minha parte, atacado de surpresa que fui. Ronaldo Maiorana teve ainda a cobertura de dois policiais militares, atuando como seus seguranças particulares. Agrediu-me e saiu, impune, como planejara. Minha única reação foi comunicar o fato em uma delegacia de polícia, sem a possibilidade de flagrante, porque o agressor se evadiu. Mas a deliberada agressão foi documentada pelas imagens de um celular, exibidas por emissora de televisão de Belém.
Inversão de pólos
O artigo que escrevi me foi encomendado pelo jornalista Maurizio Chierici, para um livro publicado na Itália. Quando o livro saiu, reproduzi o texto no Jornal Pessoal, oito meses depois da agressão.
Diz o juiz que o texto possui "afirmações agressivas sobre a honra" de Romulo Maiorana pai, tendo o "intuito malévolo de achincalhar a honra alheia", sendo uma "notícia injuriosa, difamatória e mentirosa".
A leitura isenta da matéria, que, obviamente, o magistrado não fez, revela que se trata de um pequeno trecho inserido em um texto mais amplo, sobre as origens do império de comunicação formado por Romulo Maiorana. Antes de comprar uma empresa jornalística, desenvolvendo-a a partir de 1966, ele estivera envolvido em contrabando, prática comum no Pará até 1964. Esse fato é de conhecimento público, porque o contrabando fazia parte dos hábitos e costumes de uma região isolada por terra do restante do país. O jornal A Província do Pará, um dos mais antigos do Brasil, fundado em 1876, se referiu várias vezes a esse passado em meio a uma polêmica com o empresário, travada em 1976.
Três anos antes, quando se habilitou à concessão de um canal de televisão em Belém, que viria a ser a TV Liberal, integrada à Rede Globo, Romulo Maiorana teve que usar quatro funcionários, assinando com eles um "contrato de gaveta" para que aparecessem como sendo os donos da empresa habilitada e se comprometendo a repassar-lhe de volta as suas ações quando fosse possível. O estratagema foi montado porque os órgãos de segurança do governo federal mantinham em seus arquivos restrições ao empresário, por sua vinculação ao contrabando, não permitindo que a concessão do canal de televisão lhe fosse destinado. Quando as restrições foram abolidas, a empresa foi registrada em nome de Romulo.
Os documentos comprobatórios dessa afirmação já foram juntados em juízo, nos processos onde os fatos foram usados pelos irmãos Maiorana como pretexto para algumas das 14 ações que propuseram contra mim depois da agressão, na evidente tentativa de inverter os pólos da situação: eu, de vítima, transmutado à condição de réu.
Constituição violada
Todos os fatos que citei no artigo são verdadeiros e foram provados, inclusive com a juntada da ficha do SNI (Serviço Nacional de Informações), que, na época do regime militar, orientava as ações do governo. Logo, não há calúnia alguma, delito que diz respeito a atribuir falsamente a prática de crime a alguém.
Quanto ao ânimo do texto, é evidente também que se trata de mero relato jornalístico, uma informação lateral numa reconstituição histórica mais ampla. Não fiz nenhuma denúncia, por não se tratar de fato novo, nem esse era o aspecto central do artigo. Dele fez parte apenas para explicar por que a TV Liberal não esteve desde o início no nome de Romulo Maiorana pai, um fato inusitado e importante, a merecer registro.
O juiz justificou os 30 mil reais de indenização, com acréscimos outros, que podem elevar o valor para próximo de 40 mil reais, dizendo que a "capacidade de pagamento" do meu jornal "é notória, porquanto se trata de periódico de grande aceitação pelo público, principalmente pela classe estudantil, o que lhe garante um bom lucro".
Não há nos autos do processo nada, absolutamente nada para fundamentar as considerações do juiz, nem da parte dos autores da ação. O magistrado não buscou informações sobre a capacidade econômica do Jornal Pessoal, através do meio que fosse: quebra do meu sigilo bancário, informações da Receita Federal ou outra forma de apuração.
O público e notório é exatamente o oposto. Meu jornal nunca aceitou publicidade, que constitui, em média, 80% da fonte de faturamento de uma empresa jornalística. Sua receita é oriunda exclusivamente da sua venda avulsa. A tiragem do jornal sempre foi de 2 mil exemplares e seu preço de capa, há mais de 12 anos, é de 3 reais. Descontando-se as comissões do distribuidor e do vendedor (sobretudo bancas de revista), mais as perdas, cortesias e encalhes, que absorvem 60% do preço de capa, o retorno líquido é de R$ 1,20 por exemplar, ou receita bruta de R$ 2,4 mil por quinzena (que é a periodicidade do jornal). É com essa fortuna que enfrento as despesas operacionais do jornal, como o pagamento da gráfica, do ilustrador/diagramador, expedição, etc. O que sobra para mim, quando sobra, é quantia mais do que modesta.
Assim, o valor da indenização imposta pelo juiz equivale a um ano e meio de receita bruta do jornal. Aplicá-la significaria acabar com a publicação, o principal objetivo por trás dessas demandas judiciais a que sou submetido desde 1992.
Além de conceder a indenização requerida pelos autores para os supostos danos morais que teriam sofrido por causa da matéria, o juiz me proibiu de voltar a me referir não só ao pai dos irmãos Maiorana, mas a eles próprios, extrapolando dessa forma os parâmetros da própria ação. Aqui, a violação é nada menos do que à Constituição do Brasil e ao Estado democrático de direito vigente no país, que vedam a censura prévia. A ofensa se torna ainda mais grave e passa a ter amplitude nacional e internacional.
Ira e represália
Finalmente, o magistrado me impõe acatar o direito de resposta dos irmãos Maiorana, direito que eles jamais exerceram. É do conhecimento público que o Jornal Pessoal publica – todas e por todo – as cartas que lhe são enviadas, mesmo quando ofensivas. Em outras ações, ofereci aos irmãos a publicação de qualquer carta que decidissem escrever sobre as causas, na íntegra. Desde que outra irmã iniciou essa perseguição judicial, em 1992, jamais esse oferecimento foi aceito pelos Maiorana. Por um motivo simples: eles sabem que não têm razão no que dizem, que a verdade está do meu lado. Não querem o debate público. Seu método consiste em circunscrever-me a autos judiciais e aplicar-me punição em circuito fechado.
Ao contrário do que diz o juiz Raimundo das Chagas, contrariando algo que é de pleno domínio público, o Jornal Pessoal não tem "bom lucro". Infelizmente, se mantém com grandes dificuldades, por seus princípios e pelo que é. Mas dispõe de um grande capital, que o mantém vivo e prestigiado há quase 22 anos: é a sua credibilidade. Mesmo os que discordam do jornal ou o antagonizam, reconhecem que o JP só diz o que pode provar. Por assim se comportar desde o início, incomoda os poderosos e os que gostariam de manipular a opinião pública, conforme seus interesses pessoais e comerciais, provocando sua ira e sua represália. A nova condenação é mais uma dessas vinganças. Mas com o apoio da sociedade, o Jornal Pessoal sobreviverá a mais esta provação.
Belém, 7 de julho de 2009
Lúcio Flávio Pinto
3 de jul. de 2009
rascunho
quando deito a cabeça no travesseiro,
minha produção literária é maravilhosa,
disserto sobre muitos temas,
componho textos descritivos incríveis,
conto histórias reais e fantásticas,
faço relatos de vida e de morte,
induzo, tenciono, comovo, revolto,
faço de mim minha melhor leitora.
escrevo sem papel e sem caneta,
sem teclado e sem mouse.
essa é a minha melhor inspiração.
assim eu adormeço, e
então, tudo se transforma em sonho,
evapora...
como disse o poeta,
sou espectadora de mim mesma.
25 de jun. de 2009
Moonwalk
Vai andar na lua
Agora és livre
Podes ter a cor que quiseres
Ter os amigos que escolheres
E as paixões que desejares
Vai menino, Vai andar na lua
Tua solidão acabou
Podes correr, rir e voar
Não precisas mais ter medo de nada
Nem de escuro e nem de fantasmas
Vai menino,
Vai andar na lua
Agora estás para sempre
Na terra que sempre desejastes
23 de jun. de 2009
22 de jun. de 2009
Alice no País das Maravilhas
obaaaaaaaaaaaaaaa,
Tim Burton está de volta e com ele
Johnny Depp, trazendo o maravilhoso,
Alice no País das Maravilhas.
agora é rezar pra 2010 chegar logo!!!
12 de jun. de 2009
MeNaGeAtRoIs
Fernando Pessoa
Doente. Sinto-me com febre e com delírio Enche-se o quarto de fantasmas Uma visão desenha-se ante mim Debruça-se de leve… É uma mulher de sonho e suavidade E disse-me baixinho: “Eu me chamo Saudade, E venho para levar-te o coração doente! Não sofrerás mais; serás fria como o gelo; Neste mundo de infâmia o que é que importa sê-lo Nunca tu chorarás por tudo mais que vejas!” E abriu-me o meu seio; tirou-me o coração Despedaçado já sem uma palpitação, Beijou-me e disse “Adeus!” E eu: “Bendita sejas!…”
Florbela Espanca
...Que dias há que na alma me tem posto Um não sei quê, que nasce não sei onde, Vem não sei como, e dói não sei porquê." ...porque o amor é assim mesmo... Sente-se...apenas!
Luis de Camões
11 de jun. de 2009
ReLiCáRiO
guardo dentro dele minhas memórias,
falo da memória afetiva,
tudo aquilo que vivi intensamente,
meus sentimentos,
bons ou ruins.
tudo aquilo que me "formatou", que me deu a consistência que tenho.
meu relicário guarda minhas relíquias,
que se confundem e se fundem com muitas outras,
pessoas que passaram,
que ficaram
e que sempre estarão.
meu relicário conta toda a minha história,
por isso ele é aberto à visitação
mas apenas pra convidados.
24 de mai. de 2009
Adioses y Bienvenidas Mário
Táctica y estrategia
Mi táctica es
mirarte
aprender como sos
quererte como sos.
Mi táctica es
hablarte
y escucharte
construir con palabras
un puente indestructible.
Mi táctica es
quedarme en tu recuerdo
no sé cómo ni sé
con qué pretexto
pero quedarme en vos.
Mi táctica es
ser franco
y saber que sos franca
y que no nos vendamos
simulacros
para que entre los dos
no haya telón
ni abismos.
Mi estrategia es
en cambio
más profunda y más
simple.
Mi estrategia es
que un día cualquiera
no sé cómo ni sé
con qué pretexto
por fin me necesites.
Mário Benedetti